A Independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822, marcou o fim do domínio português e a conquista da autonomia política. Mas será que exercemos nossa independência por completo?
Você já parou para refletir o que representa a ação de teclar os números de seu candidato na urna eletrônica e pressionar o botão de confirmação?
O voto livre e independente não nos priva de reflexão. A conquista do voto livre trouxe a responsabilidade do voto consciente. Mas como conquistar a consciência para exercer o voto livre e independente? Busco em meio as minhas angústias e reivindicações as contempladas pelos planos de governo propostos pelos candidatos. Mais do que verificar que os itens estão pautados, busco quais as propostas para solucionar os problemas observados por mim. Um dos principais problemas que percebo e busco identificá-lo nos planos é a pouca participação e construção coletiva das políticas públicas. Quero participar e colaborar na construção de minha cidade, Estado e país. A consciência que ajuda na escolha de quem votar para ser meu representante no governo me persegue e obriga-me a participar de maneira pró-ativa do desenvolvimento de minha cidade. Eu posso ajudar a mudar minha cidade com minhas duas mãos, minha cabeça e principalmente com meu coração.
Muitos morreram para a conquista de nossa independência, por exemplo, Tiradentes durante a Inconfidência Mineira. Independência conquistada, democracia em marcha e o que nos pesa é a inconsciência inconseqüente de pensar que seu voto e você não podem mudar a política e a cidade. A conseqüência, triste e um tanto quanto desesperadora, é viver em uma sociedade fragmentada, nada pró-ativa, pouco reativa e conformada com o que lhe é dado. Afinal, quem é o empregado nessa história, o político ou a sociedade?
Que o dia 7 de setembro desperte a consciência independente de cada indivíduo de nossa sociedade. Que ninguém tenha/queira ser o mártir de uma sociedade que clama por um salvador. Que a sociedade seja repleta de heróis e salvadores e que seus representantes sejam reflexos da pró-atividade desta sociedade.
Que o grito de independência desferido no Ipiranga ecoe no dia 5 de outubro e que sobrepuje nossas esperanças de que dias melhores, mais conscientes e participativos, virão.
Alberto Durán González – CEBES núcleo Londrina.
(betoduran_fbq@yahoo.com.br)
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