9.21.2009

UEL perde professor pioneiro da Saúde Coletiva



O Departamento de Saúde Coletiva, o Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e o Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva (Nesco) informam à comunidade nacional da área, com profundo pesar, o falecimento do professor Darli Antonio Soares, no dia 21 de setembro de 2009.

Darli A. Soares formou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da USP em 1968. Foi professor pioneiro do curso de Medicina e do Departamento de Saúde Coletiva desta Universidade, tendo ingressado nessa instituição em 1970, a convite do professor Nelson Rodrigues do Santos. Exerceu o cargo de 2º vice-presidente Nacional do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (CEBES) na gestão de 1989/1991. Neste cargo presidiu o Conselho Editorial e ajudou na criação da série Divulgação em Saúde para Debate.

Participou da criação do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, que completará 20 anos no próximo ano, tendo formado aproximadamente uma centena de mestres. Exerceu diversos cargos de direção nesta Universidade, como chefe do gabinete do reitor, pró-reitor de Saúde e Assistência Social e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, entre outros. Foi professor na graduação ou professor/orientador da pós-graduação da grande maioria dos docentes que exercem, atualmente, atividades no Departamento de Saúde Coletiva. Tem diversas publicações em periódicos nacionais ou internacionais e em capítulos de livros, além de livros organizados. Em sua última semana de trabalho participou da aula inaugural do nível de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, recém recomendado pela Capes, além de ter orientado alunos da pós-graduação.
Deixa esposa, filhas, filho e netas e também uma infinidade de ex-alunos que fizeram com ele suas primeiras inserções na Epidemiologia. Exemplo de dedicação ao trabalho, ética e compromisso com um mundo melhor, fará grande falta a todos que puderam compartilhar da sua experiência e afeto.

Um comentário:

Beto Durán disse...

Quando um professor se vai...

Quando um professor se vai, fica a lembrança de dias de convívio, a saudade do que passou, a vontade de um pouco mais.
Fica a lacuna, a insegurança e a eterna mania de querer agradar o grande mestre independente de ele lá estar.
Mas também fica o sorriso e as histórias que só quem ajudou a construir pode contar com tanto ardor.
Fica a presença constante de sua ausência a me lembrar do professor que já não orientará novos passos. Entretanto fica a direção apontada a princípio, o modelo e os princípios de uma vida de luta.
Mais do que pedir, fica o agradecimento e a eterna admiração.

Obrigado Darli.
Beto Durán
23 de setembro de 2009